Porto de Sines

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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Pulga sem " l "

Cresci e formei-me como homem na década de 60, mais concretamente em Moçambique, o tempo das grandes convulsões na Europa: a Primavera de Praga, o Maio de 68 em Paris e, ainda mais directamente, os movimentos independentistas em África, que originaram radicais mudanças.

É vulgar que pessoas que dão por nomes mais ou menos complicados terem de os repetir quando o interlocutor não os entende logo à primeira. Como se chama? «Carlos Jorge Puga…», «Carlos Jorge «Pulga»? Não, Carlos Jorge Puga… Portanto Pulga, mas sem «l». Hum, como assim?
Puga vem da parte do meu trisavô materno, natural de Ourense, na Galiza, que emigrou em meados do século XIX para o Brasil, mais concretamente para o Pará.
Assim, as pessoas acharam graça e passei a ser tratado por Puga, em prejuízo de Cordeiro; se bem que familiarmente fosse tratado por Jorge, e noutras áreas por Cordeiro. Profissionalmente Puga pegou até aos nossos dias.

Modéstia à parte, o famoso cantor romântico Júlio Iglésias Puga, alguma vez questionado de Júlio Iglésias «Pulga»? Terá respondido: «Non, Júlio Iglésias Puga sien “l”».

Os meus colegas acharam graça e passaram a tratar-me por Puga, embora eu nunca tivesse feito questão de ser tratado assim.

cajoco

16 comentários:

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Uma história muito interessante à volta do próprio nome, à nomes invulgares que por vezes se prestam a alguma confusão.
Os anos 60 foram realmente uns anos cheios de vida e história.
Um abraço e um bom 1º de Maio.

MARILENE disse...

Isso acontece com frequência e as brincadeiras, geralmente, têm início no período escolar. Nem sempre é por maldade, mas pelo inusitado. Abraço.

Unknown disse...

Jorge
Antes do mais, as melhoras da Maria do Carmo, e que se restabeleça em breve.
Quanto ao seu recente trabalho, quem
sou eu para o comentar.As provas que sempre deu na arte de escrever, na imaginação dos temas, levam-nos a pensar, estar perante um escritor,que abraçou na segunda metade da sua vida,um novo trajeto que o leva a realizar aquilo que sente e lhe vai na alma.

Jorge disse...

Francisco Oliveira,
Em galego, creio que pulga é pulga, também.
A história não se faz com os ponderados. Ontem não celebraríamos o 1º de Maio.
O meu abraço,
Jorge

Jorge disse...

MARILENE,
Nunca levei a mal. A confusão até me divertia.
Outro abraço.
Jorge

Jorge disse...

A. Barreira [Toneca]
A escrita permite-me apenas dar um certo caminho aos meus dias. Obrigado pelo enaltecimento amigo!
A MC vai fazer 1º exames, esperamos que tudo corra da melhor forma possível. Obrigado!!
Jorge

Majo disse...

~
~~ Muito interessante o seu post, Jorge.

~~ Eu também tenho de repetir sempre Dutra, muito raro em Portugal,
porque os meus primos avoengos partiram todos para o Brasil e USA,
onde proliferaram, com alguns descendentes famosos.

~~ Há nomes verdadeiramente embaraçosos.
~~ Há um ator brasileiro, um simpático Francisco de 81 anos, que carrega
um nome italiano incrível! Contou que sofreu muito com o seu nome, mas
colocou o seu apelido nos filhos!
~ Não acho isto nada bem!

~~~~ Espalhei-me!!
~~~ Abraços amigos para os Cordeiros e todos os cordeirinhos/as. ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Jorge disse...

Majo,
A minha amiga é um livro aberto, diz o que pensa e faz muito bem.
Os Cordeiros agradecem a sua saudação amiga e retribuem com abraços.
J

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, um historia de vida interessante, seu nome Puga não é vulgar, é natural que o mesmo chame atenção, também me chamou toda atenção.
AG

José Ramón disse...

Jorge Gracias por sus visitas Feliz Semana Saludos

Graça Pereira disse...

Realmente, um apelido pouco vulgar, penso eu e que daria para brincadeiras, naqueles anos sessenta, em que tudo acontecia... Mas acontecia estas e muitas outras histórias de um modo curioso - é que todas elas (ou quase) cimentavam amizades e faziam-nos crescer como pessoas! Hoje, acho que há um desinteresse em tudo e penso que até um PUGA, tão original, não faria tanto "barulho" como antigamente...ou estarei enganada??
Um abraço muito amigo
Graça

Jorge disse...

Graça,
Está certa, minha amiga. Os tempos de outrora e de convívio após o trabalho, cimentando [como muito bem diz] amizades, não se repetem.
Outro abraço.
J

Jorge disse...

Existe Sempre Um Lugar,
Pois é, amigo António, naquele tempo assim aconteceu.
J

Jorge disse...

José Ramón,
O prazer foi todo meu!
J

Shirley Brunelli disse...

Então, sr. Pulga...oh! perdão, perdão, sr. Puga rs, seu tataravô veio morar no Brasil?
Jorge, com l ou sem l, receba um grande beijo!!!

Jorge disse...

Shirley,
Aqui há "pulga" atrás da orelha, como soe dizer-se. Obrigado!!
Jorge