Porto de Sines

Porto de Sines

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ESTAÇÃO de SINES

Há mais estações e apeadeiros abandonados em Portugal do que à primeira vista se possa pensar. Estações de combóios fantamas.

Bons tempos, em que o chefe de estação era a sua referência e no guichê havia sempre um funcionário para prestar um eslarecimento ou passar um bilhete.


Em Sines a linha do combóio há muito desapareceu mas a  ESTAÇÃO FERROVIÁRIA foi recuperada com os magníficos painéis de azulezos evocando: 
A chegada de Vasco da Gama à Índia, o Trabalho dos Corticeiros, o Castelo, a Igreja de Nossa Senhora das Salas, as Actividades Piscatórias, etc. 

Nela foi instalada a "ESCOLA DE ARTES PLÁSTICAS", englobando: ARTES PLÁSTICAS / DANÇA / MÚSICA / TEATRO.

 O ARMAZÉM DE MERCADORIAS deu lugar a um magnífico restaurante "O CAIS DA ESTAÇÃO".

As CASAS DOS FERROVIÁRIOS foram também recuperadas.
Verifica-se, por exemplo, a instalação de um consultório veterinário  o "vetestação".


[cajoco]
  

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Memória "REAL"

 1874, foi o ano provável da inauguração da ALFANDEGA DE SINES, reinava em PORTUGAL D. Luis I  [O Popular, também cognominado Rei Marinheiro]. A moeda em vigor era o Real.

Trata-se de um pequeno edifício histórico centenário, situado na Ribeira com paineis de azulejos, que se vai degradando de dia para dia.

Edifício merecedor de uma tomada de atenção por quem de direito visando a sua reabilitação.




[cajoco]

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A Matança Do "RECO"


Numa breve viagem aos anos 50 do século passado, recordo-me que em Vilarinho da Castanheira era costume comprar-se nos dias de feira, 1 e 12 de cada mês,  um porco preto, vulgo reco, cevando-o durante o ano, para converter em futuros salpicões e presuntos.


Nas férias do Natal, tinha lugar a matança do Reco, que pertence às minhas memórias mais marcantes.

O modus operandi utilizado e que tradicionalmente ainda se pratica é bárbaro, sendo normalmente presenciado por adultos e crianças.


O principal papel cabia a um dos dois cortadores da aldeia. Este atraía o animal com uma maçaroca de milho na mão esquerda e uma corda com laçada na outra. Mal o reco abria a boca para trincar a maçaroca, o homem enlaçava-o e apertava-lhe logo o focinho, outro segurava-o pelo rabo e dois pelas orelhas, arrastando-o para cima de um tabuão [tábua grande e grossa] colocado sobre duas canastras. No mesmo instante passavam a segurá-lo pelas patas cruzando-as. Isto tudo acompanhado dos gritos estridentes do Reco, que uma vez seguro era de imediato sangrado pelo cortador para uma bacia [alguidar] colocada por baixo, normalmente segurada por uma mulher.

Uma vez morto o reco, desobstruíam-lhe os intestinos com um fachoqueiro de palha introduzido pelo ânus. Outros com outro  fachoqueiro a arder chamuscavam-no. Em seguida esfregavam, raspavam, e lavavam a pele.

O reco era  aberto, cortado e retirado o soventre e as miudezas. O soventre destinava-se às rojoadas e as miudezas aproveitadas para diversos fins culinários. Os rojões, que se comem logo no dia matança, são um verdadeiro petisco  confeccionados de várias  maneiras, tendo o seu ponto alto no Norte de Portugal.


Por fim o reco era levado para uma sala, pendurado numa trave, onde ficava a escorrer para uma bacia até ao dia seguinte. Então era desmanchado, sendo a carne guardada e conservada na adega – normalmente o lugar mais fresco da casa – numa salgadeira de boa madeira grossa.


O porco é um animal cuja carne se come praticamente toda, desde o focinho à ponta do rabo, passando pelas patas ou tripas. É a base da confecção dos enchidos, vulgo fumeiro: salpicões, chouriças de carne, alheiras, morcelas, chouriças de boche e presuntos.
As alheiras preparavam-se juntando o pão com a calda de cozer as carnes até amolecer, misturam-se as carnes gordas e magras e, depois as tripas eram cheias à mão com um pequeno funil de boca larga.


As lareiras acesas contribuíam  para defumar todo o tipo de fumeiro.
A matança do reco é uma tradição em Trás-os-Montes e um pouco por todo Portugal, prolongando-se normalmente por todo o Inverno.

[cajoco]

Foto parcial do Presépio  de Natal de 2011 da SCM de Sines










sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Monumento Ao Menino Não Nascido

Com um abraço para todos os amigos. retomo a actividade no Azimute renovando os meus votos de um Ano 2012 com a melhor saúde e felicidade para todos vós.

Como o 2012  é recém-nascido, evoco aqui um monumento erigido em memória de  outros meninos.


A 28 de Outubro de 2011, foi inaugurado na Eslováquia, o monumento ao menino não nascido, obra de um jovem escultor daquele país. O monumento expressa não só o pesar e arrependimento das mães que abortaram, mas também o perdão e o amor do menino por nascer para com a sua mãe. A cerimónia de inauguração contou com a presença do ministro da Saúde do País.

A ideia de construir um monumento aos bebés por nascer veio de grupo de mulheres jovens mães muito conscientes do valor de toda a vida humana e do mal que se inflige também à saúde da mulher.

Fonte: E-mail recebido