Em Fevereiro do corrente ano visitamos novamente o CENTRO BUDISTA TIBETANO [HUMKARA DZONG] que perpetua algumas memórias que por ali vagueiam, resistem e continuam a viver em nós, a inspirar-nos.
Logo à entrada permanece um cartaz de Boas-Vindas informativo e muito esclarecedor.
Uma série de postes, colocados no cume da montanha, com bandeiras coloridas tremulando ao vento prenunciam a aproximação ao Santuário.
As cores amarelo, verde,vermelho, branco e azul representam a terra, a água , o fogo, o vento e o espaço, respectivamente.
Os devotos, durante as circumambulações recitam os mantras em surdina.
O Stupa [Chorten no Tibete], recinto quadrangular, é conhecido como um Santuário, mas também como um local de peregrinação, um monumento
envolto em mistcismo espiritual que ensina o caminho da libertação,
está cheio de simbolismos complexos, mas representa antes de mais a
sabedoria de Buda.
As decorações inicialmente previstas [4 correntes que sairão dos dos 4 vértices até ao cima do Stupa, com pequenas campaínhas, cujo som fará lembrar os quatro selos de Buda e ainda 4 portas, que virão da Índia] ainda não foi possível concretizá-las.
O Stupa, estrutura com cerca de 5 metros de altura, contem relíquias sagradas dos grandes mestres, situando-se num local magnetizante ideal para concentrar energias positivas.
A arquitectura dos stupas budistas reveste-se de características muito próprias. O stupa consiste numa base quadrada encimada por uma cúpula coroada por um corochéu afunilado de treze anéis, uma forma de loto e um sol sustentado por uma lua crescente. Estas cinco figuras geométricas correspondem aos elementos terra,água, fogo, ar e espaço, os quais, na sua forma estilizada simbolizam o corpo e a mente de um Buda.
Nesta mesinha são deixadas oferendas dos devotos e visitantes para serem mais tarde recolhidas.
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Sinais de misticismo religioso marcam presença.
Nesta curiosa e singela casinha de apoio informativo, que tem como pano de fundo, uma esplendorosa e infinita paisagem rural de montes e vales até ao Oceano Atlântico, vendem-se também recordações que despertem a curiosididade e interesse de devotos e visitantes.
No seu interior verificamos a existência de llinhas de velas e lamparinas devocionais acesas como oferenda espiritual.
O Moínho do Malhão [Torre Branca], um símbolo e uma marca de referência, alcandorado lá no cimo da Serra do Caldeirão.
Oferendas de maior vulto e responsabilidade poderão ser alí entregues.
A cultura budista, baseada na não violência, muda a nossa maneira de ser. Tornamo-nos mais reflexivos, menos emocionais.
As energias renováveis estão presentes e consubstanciadas neste painel solar.
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Outros recursos naturais que neste Inverno são um valioso contributo para aquecimento do corpo e da alma.
O Snack - Bar MIRAMAR, situado no ângulo noroeste, é um ponto de referência, faz jus ao nome - dali pode avistar-se o próprio mar.
cajoco
Fonte: O BUDISMO TIBETANO - Don Farber [adaptação]
28 comentários:
Jorge
Eu, e muita gente, desconhece esse recanto da serra e a prática do que ali se faz.
Creio por ali passar, em tempos que lá vão, quando se tornava obrigatório a deslocação ao Algarve.
Como sempre, oportuno, na sua pesquisa.
Toneca
Olá Jorge, essa tua postagem tem de algo especial para mim pq gosto muito dessa prática. Imagina só a paz desse lugar.
Aqui pelo sítio nem havia ainda casa mas adquirimos um buda tibetano para por no jardim; assim por mais que as coisas as vezes sejam complicadas, o buda está lá para a nossa reflexão.
Engraçado que há um certo respeito até de quem por aqui passa a nos visitar. É o Buda do jardim.
Abraços
Maravilhosa esta tua postagem...
Tenho muito afinidade com a
filosofia Budista Tibetana:a paz,
o amor por todos os seres,
a alegria,a meditação...
Grata por estas preciosidades
de imagens e informações.
Grande abraço de paz!!
Boa tarde, Jorge
Desculpe invadir assim o seu espaço.
Andava no Google a ver se conseguia esclarecer uma pequena dúvida por causa do livro que estou a escrever (as minhas memórias de África) quando "dei de caras" com o seu blog.
Entrei e gostei muito (e encontrei aqui imensa gente conhecida...)
O último post foi para mim uma grande e agradável surpresa. Ignorava por completo que existisse um lugar assim.
Vi também o post anterior de que gostei muito, embora não esclareça a minha dúvida.
Já me fiz sua seguidora e vou inclui-lo nos meus Favoritos, pois não quero perder-lhe o rumo.
Voltarei sempre que possível.
Uma boa semana
Beijinhos
Olá, Jorge!
Um lugar apelativo, este;tenha-se ou não inclinações religiosas, e sejam elas quais forem.O Budismo é religião milenar, e acho que será muito fácil ser cativado por ela dada a mensagem de paz que dela emana - procurando fazer de nós melhores seres.
Bela reportagem!
Boa semana e um abraço amigo.
Vitor
Toneca,
Grato pela sua opinião.
Este recanto é agradável, singular e acolhedor. É como que uma visita guiada até quase ao céu.
A Casa de Madeira,
Vale bem visitar o local e experimentar essa sensação de paz. Um passeio que tem virtudes curativas e é um tónico para o resto do dia.
Gostei de "ver" e "visitar" a sua Casa de Madeira.
Boa tarde,
perfeita fotorreportagem da cento situado na serra do caldeirão que tem tantas curvas como dias tem o ano.
Abraço
ag
Independentemente da religião que se professe...este pareceu-me um lugar de paz, próprio para meditação e reflexão...até quando estivermos perdidos nos caminhos da vida...
Os símbolos estão bem distribuídos numa paisagem maravilhosa e apetecível, não faltando um Bar para recuperar forças..Aqui está a união do espírito com o físico numa harmonia que todos devíamos ter..E depois, a reportagem fotográfica, está cinco *****
Parabéns por nos mostrares sempre coisas válidas.
Um abração
Graça
Suzete Brainer,
Tenho curiosidade em conhecer e desvendar os mistérios de várias religiôes. O Budismo Tibetano é uma delas.
Grato pela sua valiosa opinião - um contributo que dá vivacidade ao post.
Desejo-lhe muita paz, muita luz!
Mariazita,
Bem-vinda e obrigado pela sua entrada no Azimute!
Agradeço o seu amável comentário. Brevemente terei o prazer de ser seguidor e rumar ao seu blog.
Amigo Jorge gostei muito desta
sua partilha. Um lugar que gostaria
de visitar.
As suas fotos fizeram o apelo.
Bj.
Irene Alves
Jorge, onde fica localizado este centro budista? Em tempos li bastante sobre o Tibete e as suas tradições. Mais tarde, viria a ouvir ao vivo o Dalai Lama.
Existe Sempre Um Lugar,
Grato pela sua opinião.
A serra do Caldeirão
E as suas curvas sem fim...
Uma vez que lá estão,
É melhor encará-las assim.
Graça Pereira,
Vou aqui guardar e validar as cinco ***** como recordação. Obrigado!
As montanhas que se elevam em direcção ao céu e da paz, proporcionam-nos refletir sobre as emoções que nos impedem de realizar o nosso potencial positivo.
A harmonia entre o corpo e o espírito é um equilíbrio que todos ambicionamos.
~
~ Apesar de viver na mesma região, desconhecia completamente, a existência deste centro espiritual. ~
~ Desperta-me a maior compaixão, a sorte dos tibetanos e da sua cultura e sempre desejei saber como poderia colaborar, no sentido de participar na luta pela reivindicação dos seus direitos.
~ Estou muito grata pela partilha.
~ Com muita simpatia.
Comenzamos a adorar al sol,a la luna,al fuego,des´pués buscamos divinidades en los cielos,y la humanidad sigue buscando
Silenciosamente Ouvindo,
Um apelo que é um convite irrecusável.
Para alcançarmos a felicidade temos de criar a sua causa, ou seja, temos de realizar acções positivas.
Catarina,
Para quem vem do Norte ou do Alentejo a referência é IC1 em Ourique. Seguindo nesta via segue o primeiro desvio à esquerda para Almodôvar. Daqui segue para o Malhão,
Mas atenção, já na parte final aparece a placa Malhão á direita, não desvia, segue em frente para o Moinho do Malhão.
Para quem está no Barlavento Algarvio a referência é Alte e a seguir o Moinho do Malhão. A partir do Sotavento a referência è Salir e a seguir o Moinho do Malhão.
Majo,
Actualmente existem 140000 a viver no exílio, que preferiram a viver sob o regime repressivo do governo comunista chinês.
Retribuo com prazer a sua simpatia.
JUAN FUENTES,
Cito o escritor Casimiro de Brito: A divisão do mundo em países e religiões é uma coisa da mente humana, uma mente extremamente preversa, capaz das maiores obras de arte, contudo preversa.
Vitor Amigo,
Por lapso meu, ia deixando o seu comentário [que desde já agradeço] em claro.
A verdade é que temos muito a aprender com a milenar sabedoria oriental.
Espero que as dúvidas que tenho me ajudem a ver um pouco mais longe.
Outro abraço
Bom dia Jorge
Estava com saudade de passar por aqui e ler estes apontamentos e informações dispersos por aqui, quase ao alcance do nosso olhar.
Para visitar também precisamos de nos libertar de muitas tradições e pensamentos ocidentais.
Obrigado pela amizade.
Lentamente irei voltar.
Já dei uma primeira volta ao blogue.
Retribuo o teu abraço de amizade.
Desde luego una imagen estuptenda ,,. Un saludo desde murcia
Luis Coellho,
Uma visita de relance que, para mim, representa um reconhecimento muito importante e uma amizade que procuro cultivar e corresponder.
Um bom fim de semana, amigo Luis!
alp,
Grato pela visita e pela saudação amistosa.
E eu aqui no Algarve que nunca lá fui... Há pouco mais de um mês passei por perto mas já sem tempo para procurar o local.
Um local maravilhoso e desconhecido por muitos portugueses!
Sitio de excelência de reflexão espiritual.
Aconselho a visita. Convêm ler casaco.
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