Descobrir o país real é sempre uma surpresa.
É o caso das Fontes de Alte, situadas no leito da ribeira de Alte, que são um dos ex-libris daquela Aldeia.
Caminhando de juzante para montante da ribeira vamos descobrindo os encantos e os recantos das suas Fontes.
A jusante da ponte que se segue, na margem esquerda da ribeira, patos e cisnes espanejam-se e secam-se regaladamente ao sol.
Eis um trecho dum local aprazível e refrescante com o arvoredo envolvente reflectido nas suas águas puras e cristalinas.
Um espaço com um monumento para homenagear o poeta Candido Guerreiro com a imagem em azulejo e num quadro também em azulejo um seu soneto como segue:
Porque nasci ao pé de quatro montes
Por onde as águas passam a cantar
As canções dos moínhos e das pontes
Ensinaram-me a falar...
Eu sei a vossa língua, águas das fontes...
Podeis falar comigo águas do mar...
E ouço, à tarde, os longínquos horizontes
Chorar uma saudade singular.
E porque entendo bem aquelas máguas
E compreendo os íntimos segredos
Da voz do mar ou do rochedo mudo,
Sinto-me irmão da luz, do ar, das águas,
Sinto-me irmão dos íngremes penedos,
E sinto que sou Deus, pois Deus é tudo...
Candido Guerreiro
À memória do grande poeta Altense
Esta fonte pequena de água corrente [lembrança de um filho da terra 1948 ] encimada por uma quadra do poeta.
OH FONTE DE ÁGUA CORRENTE
TODOS TE PEDEM FRESCURA
TENS BEIJOS DE TODA A GENTE
E NÃO DEIXAS DE SER PURA
O monumento supramencionado está integrado num parque de merendas com mesas e bancos de pedra.
A tradicional nora com os seus alcatruzes anuncia o Fonte Pequena Restaurante Bar
As águas cristalinas e o arvoredo majestoso são uma constante na ribeira de Alte.
Um logradouro encastoado no monte decorado com torres e ameias.
[cajoco]