Cabo de Sines
é a minha morada,
ponto de partida
e de chegada.
É minha sina é minha sorte
ter tanto e não ter nada.
Que a vastidão do mar
não me tolha o ohar
e eu vou distante
onde é redondo o horizonte.
Tanto tenho do mundo
e da sua vastidão
que me iludo e me confundo
na minha solidão.
Este cabo que me dobra
dá-me silêncio de sobra para nele perscrutar
das ondas o rebentar.
E na espuma que invento
nas vagas deste vagar
até parece que o vento
me vem manso segredar...
Cabo de Sines é
minha morada,
ponto de partida
e de chegada.
José-António Chocolate, in "caminhos do silêncio"
24 comentários:
Boa tarde
Passei para me actualizar nas últimas novidades.
Qualquer ponto onde nos encontremos será sempre nesses momentos o centro de partida e chegada.
Aí tens todo o Atlântico a luzir nos teus olhos cheios de maresia.
Aí regressas àquele cantinho onde guardas os teus sonhos, esperanças e aqueles desejos que sobram de ti.
Bonito poema.
Ponto de referência:Azimute
Conteúdo:Fabuloso.
Abraço.
Olá amigo Jorge.
Onde se podem ir buscar as palavras certas que traduzam aquilo que sentimos quando, depois de ler e reler um poema, o sentimos tão intensamente que todas as palavras que conhecemos nos parecem vãs e sem valor?
"Tanto tenho do mundo/e da sua vastidão/que me iludo e me confundo
na minha solidão."
Este é um sentimento que partilho inteiramente consigo.
Um beijo da JANITA
OLÁ JOSÉ, NÃO CONHECIA O TEU BLOGUE, PASSEI, PAREI E ADOREI... MARAVILHOSA POESIA... PARABÉNS...!
UM BEIJINHO E MUITAS FELICIDADES,
FERNANDINHA
E os segredos do vento
quebram,
da solidão,
o tormento!
E o Cabo,
dobrado,
de partida,
morada retornado!
Perdoe o atrevimento de comentar com alguns versos...
Grande abraço de parabéns por mais um poema brilhante (o seu, claro)!
Jorge! Estimado amigo.
"Tanto tenho do mundo
e da sua vastidão
que me iludo e me confundo
na minha solidão"
Aqui me dobro (em tempo) sim, porque
li e reli e sempre divaguei, montei e desmontei o poema e de todas as formas o senti profundamente.
É que cada um de nós tem o seu Cabo de Sines de onde parte e sabe bem um dia chegar.
Kandando
Um linda escolha!
Obrigada pelo carinho com meu blog.
BeijooO'
Belo poema e linda imagem!
beijinhos missixty
Precisamos sempre de um ponto de encontro com nós mesmos e junto ao mar penso que é o melhor lugar
beijinhos
direitinho,
Obrigado pelo teu comentário, amigo Luis - muito bom.
O Mar é a imensa metáfora da nossa vida, dando-nos lições preciosas para o presente e até para quem tem saudades do passado.
Um abraço.
Manuel Marques,
Comentário:Síntese Fabulosa.
Abraço.
Olá, Janita,
Gentileza é a melhor palavra que define o seu comentário.
Os estados d'alma é que fazem com que os lugares se tornem mágicos.
bj
J
Pepe444,
Obrigado pelas palavras amáveis que aqui deixou. Visitá-lo-ei com expectativa.
J
FERNANDINHA&POEMAS,
Bom azimute a trouxe até aqui. Ainda bem que gostou, obrigado.
Saudações cordiais.
J
Kimbanda Amigo,
É isso mesmo! Cada um tem o seu Cabo de Sines, que pode ser Cabo das Tormentas ou Cabo da Boa Esperança; muitas vezes não depende só de nós...
Sempre a considerá-lo.
Jorge
Valéria,
O carinho é recíproco.
bjis
J
Multiolhares,
O mar é o meu confidente. Às vezes dá-me a sensação que quando estou a ouvir o mar ele me responde.
Abraço amigo.
J
Amigo, quase que consegui sentir o vento na cara, algo que eu adoro, me faz sentir voar. Lindissíma poesia, excelente escolha.
"Poesia são pensamentos que respiram, e palavras que queimam."
(Thomas Gray)
bjs do tamanho do infinito
Maria
Quicas, Amigo Especial,
Gostei do seu poema; uma brisa de ar fresco saudável para o espírito.
Um abraço com toda a minha gratidão.
maybe,
What a beautiful surprise, from Taiwan!
Thank you for your comment.
My regards.
J
É junto ao mar que eu encontro o meu ponto de partida...
Grandioso este poema, Jorge!
Beijo
Graça
Olá Jorge
Muuuita perspicácia...
Sensibilidade fora do comum...
Inteligência, muito acima da média...
Grandeza d´alma... (também gosto de apóstrofos)
Compreensão amiga...
Começo a gostar, sinceramente, de si.
Beijo
Jorge, amigo, amado!
A vida não é feita de cabos? Ora de tormentas, ora de esperança... O importante é:
"Que a vastidão do mar
não me tolha o ohar
e eu vou distante
onde é redondo o horizonte."
Um dia, breve, vou aí conhecer esse seu ponto de chegada e de partida. Já me contaram que é lindo!!! E aí vou querer tomar um café com você, ok?
Beijuuss n.c.
Rê
www.toforatodentro.blogspot.com
Lindo poema, Jorge.
Como é bom vir aqui.
Abraços de uma brasileira.
Franca/ SP./ Brasil.
Olá Maria,
Infinitamente grato pelo seu comentário.
... "é o vento perfumado com o aroma do mar, que lhe causa esse bem estar"...
bjis
J
Graça Amiga,
Grato pela presença, por si só, abonatória deste espaço, cuja opinião sempre considero.
bj
J
Janita,
Duplamente grato pela sua presença.
Encaro os seus "elogios", como "favores" da sua amizade, que servem de estímulo a este blog/aprendiz.
bj
J
Rê Amiga,
O mar, por vezes não nos dá "ouvidos"...
Venha nas asas duma gaivota tomar esse café à beira-mar.
Um abraço amigo,
J
Uma Brasileira,
Foi bom ler o seu comentário amigo.
Abraço,
J
Jorjamigo
Descobri-te no blogue do nosso Osvaldo-sportinguista. Chego aqui e gosto do que encontro. De resto, AZIMUTE é um excelente título. Parabéns!
O «Cabo de Sines» é um poema bué da fixe, como dizem os meus netos. O Chocolate sabe da poda. Ainda que eu seja mais prosa, também gostei.
Espero, agora, por ti lá na Minha Travessa, por cumentários, com o e como meu (per)seguidor. Eu... já fiz a minha parte
Abs
Amigo Antunes Ferreira,
Obrigado pelas palavras amáveis que aqui deixaste, complementadas pelo irrecusável e honroso convite de (per)seguidor, que vou concretizar já de seguida.
José-António Chocolate, é um poeta de méritos reconhecidos, que faz o favor de ser meu amigo.
Este seu poema é belíssimo e de uma inspiração magnífica.
Abraço.
JORGE: o nosso quente sangue português sabe bem do mar... esse monstro intragável e maravilhoso, que dá vida, ao mesmo tempo que roubou vidas...
BEIJO DE LUSIBERO
Minha querida Amiga Maria Ribeiro,
A sua visita é, para mim, um prazer e uma honra.
É verdade! O Mar é uma imensa metáfora da nossa vida, dando-nos lições preciosas.
Cordialmente,
Jorge
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