Porto de Sines

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Mundo dá voltas


Pense como o mundo visto do espaço é tão pequenino e insignificante e no entanto tão bonito.
Consideremo-nos como turistas. A natureza é a nossa casa, é o lugar em que vivemos. É do nosso interesse olhar por ela. As infracções ao meio ambiente têm o poder de afectar os outros. Não é o ambiente que precisa de ser mudado é o nosso comportamento que precisa de mudar.
Pode realmente ganhar-se algo em prejudicar os outros durante a nossa estadia aqui? Não é preferível e mais razoável descontrairmo-nos e aproveitarmos calmamente a nossa estadia aqui como se viéssemos de outras paragens?
Portanto se enquanto usufruirmos o mundo tivermos um instante, nem que seja um pouco, para os que o infortúnio abateu, os que têm uma aparência estranha e os que não podem ou não sabem ajudar-se a si próprios, nós podemos contribuir para um mundo diferente e melhor.

8 comentários:

Guma disse...

Olá amigo Jorge.
Estas palavras verdadeiras e muito sinceras, deveriam ser a cartilha para o começo de todas as manhãs e para todos nós. Mesmo os que já as interiorizaram e diariamente trabalham o seu carácter para se tornarem pessoas melhores e mais completas. Porque tem alturas em que a falta de tolerância pelo espaço e as ideias dos outros assaltam até os mais preparados. Por mim falo!
Uns demasiados preocupados em como desperdiçar o que têm a mais, outros preocupados em como não desperdiçar o que esperam e nunca irão ter.
Sempre se viveu este tamanho desequilibro e parece difícil assistirmos um dia à chegada da formula certa para a mudança do estabelecido.
Importante as pessoas pensarem e agirem acreditando que o seu pequeno contributo embora parecendo uma gota de água no oceano, junto à de tantos outros pode e deve fazer a diferença.
Um óptimo fim de semana e receba o meu acalorado kandando!

Jorge disse...

Viva amigo Kimbanda,
Sempre solidário, sempre na primeira linha. Avisadas são as suas palavras que por si só são motivação para quem esteja envolvido e preocupado com a felicidade dos outros. São as tais gotas de água indispensáveis à existência dos oceanos.
Recebi o seu solidário abraço que retribuo com satisfação, reiterando votos de um bom fim de semana para si.
.

Graça Pereira disse...

Vim buscar o calor do Indico e o cheiro das acácias... e ouvir saudosamnte esta canção!
Kanimambo!
Um beijo
Graça(Zambeziana)

Jorge disse...

Olá Graça, bem-vinda!
Disponha deste espaço. As flores das acácias, lindas e maravilhosas, coadunam-se bem ao calor do Índico.
Já passei pelo seu magnífico blog e partilhei o selinho com a palhota, sentindo-me no dever de o divulgar (kanimambo).
Percorri a Zambézia, desde Quelimane, passando por Namacurra, Mocuba, até às plantações do Chá Tacuane e Chá Lugela, progredindo pelo rio Lugela acima derivando para o rio Luo. Boas recordações. Adoro o Kanimambo de João Maria Tudela que tive o prazer de ouvir no auditório do Rádio Clube de Moçambique.
Bjis

luis cordeiro disse...

De facto, ao destruirmos a natureza, destruímo-nos a nós próprios e tudo tem de começar por cada um de nós. Mau grado as próprias leis conduzirem à destruição. O caso muito concreto da Lei do Poluidor Pagador em que todo aquele que envenena um rio - em nome do progresso - paga «dez tostões» quando o estado não o despolui com dez milhões. Também este quadro tem de ser mudado….
Abraço solidário.

Jorge disse...

Zito,
Os problemas causados pela degradação ambiental podem ser vistos como resposta a comportamentos irreponsáveis. É a natureza a avisar-nos que a sua tolerância tem limites.
A lei "Poluidor Pagador", por si é um bom instrumento. Os interesses económicos são o maior obstáculo que é necessário ultrapassar.
Obrigado pelo teu contributo.
Um abraço.

luis cordeiro disse...

Jorge:
A Lei do Poluidor Pagador seria bom instrumento se punisse e desincentiva-se, em lugar de estimular.
É que o poluidor opta sempre por pagar, pois fica-lhe mais económico que a instalar os dispositivos adequados á despoluição.
É ver o caso concreto do Rio Trancão.
Quando da Expo/98 foram gastos mais de 11 milhões de contos na sua despoluição sem o ter conseguido.
Contabilizadas as multas não têm qualquer expressão.
É ver o caso da Ribeira dos Milagres, em Leiria, conhecida por ser transformada num esgoto a céu aberto pelas descargas das suiniculturas e destilarias. O mesmo se verifica em todas as ribeiras que desaguam no Rio Liz o que está na origem da sua morte. Aqui, nem multas são conhecidas.
Entretanto o poder local nada faz para por termo a tais descargas. Indiferente, ou conivente, opta por exigir do poder central a despoluição do Rio Lis, como se tal fosse possível enquanto não forem erradicadas tais praticas de pura catástrofe ecológica.
Nos anos 60 do século passado podia beber-se a água daquelas ribeiras.
Quando tudo começou a degradar-se eu próprio denúnciei a todas as autoridades, por escrito, o crime de destilarias que lançavam as jorras a céu aberto, para o solo, contaminando a água dos poços e da ribeira que passa na Golpilheira.
Nada fizeram para evitar tal crime.
Foi bom teres chamado a atenção para este tema. Tornarei a ele logo que possa. Grande abraço.

Jorge disse...

Caro Zito,
Assiste-te toda a razão. Muitas vezes é na regulamentação, para aplicação das leis, que está "o nó górdio" da questão (resolver o problema complexo de maneira simples). Neste caso são as coimas leves e não só... que não obstaculizam esses procedimentos irracionais. Mas gota a gota, infelizmente, temos de lá chegar.
Um abraço.